Embaixada da Rússia no Brasil
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🎙 Entrevista com o Ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação da Rússia, Sergey Lavrov, para a TV BRICS (2 de novembro de 2024)

Principais assuntos:

A Cúpula de Kazan demonstrou o rápido crescimento da credibilidade do #BRICS e o desejo de mais e mais países de se juntarem ao seu trabalho.

• Vários Estados solicitaram formalmente sua adesão como membros plenos. Outros manifestaram interesse em se tornar países parceiros. Essa é uma nova categoria acordada pela Cúpula de Kazan.

• A Declaração adotada foi acordada com base em um equilíbrio de interesses. Ninguém (como acontece nos fóruns ocidentais) tentou pressionar ninguém. Estávamos procurando formulações mutuamente aceitáveis. Elas foram encontradas em todas as questões.

👉 O ponto principal dessa Declaração é a necessidade de aumentar substancialmente a participação do Sul Global e do Leste Global nos mecanismos de governança global, incluindo o Conselho de Segurança da ONU, o FMI, o Banco Mundial e a OMC.

• A reforma das instituições internacionais existentes continua em pauta, mas, paralelamente <...>, todos querem criar mecanismos de pagamento alternativos <...>. É necessário um sistema paralelo, já que o dólar está sendo cada vez mais usado como uma arma agressiva na economia global.

• Também houve apoio a iniciativas puramente setoriais, incluindo a nossa iniciativa de iniciar os preparativos para a criação de um intercâmbio de grãos, investimentos e plataformas geológicas do BRICS. Essa foi a principal ideia dos países africanos que são membros do BRICS.

• Além disso, apresentamos dois projetos - para criar grupos de trabalho sobre transporte e medicina nuclear. Isso foi apoiado tanto na própria reunião do BRICS quanto na Declaração adotada.

• Uma representação mais equitativa do Sul e do Leste Global nos mecanismos de governança mundial implica uma reforma da ONU e de seu Conselho de Segurança.

• Reafirmamos claramente nossa posição: apoiamos apenas o aumento da representação dos países asiáticos, africanos e latino-americanos. O Ocidente já está injustamente super-representado lá <...>. Especificamente, apoiamos a iniciativa coletiva da Índia, do Brasil 🇧🇷 e da União Africana sobre a reforma do Conselho de Segurança.

• Foi dada atenção especial na Cúpula à crise no Oriente Médio, à catástrofe do povo palestino, que agora está transbordando para os países vizinhos - Líbano, Iraque, Síria e Iêmen. A Declaração formulou um parágrafo bastante forte sobre a necessidade de interromper urgentemente esse derramamento de sangue.

• Também não evitamos discutir a crise ucraniana. Pelo contrário, na preparação e durante a Cúpula, falamos proativamente sobre ela, e o presidente russo Vladimir Putin tocou nesse assunto. Concordamos com uma formulação fundamentalmente importante na Declaração, que enfatizava que o principal agora é buscar soluções que se baseiem nos princípios da Carta da ONU em sua totalidade e inter-relação.

📖 Leia mais em português

#BRICS2024
🎙 Trechos da entrevista do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação da Rússia, Sergey Lavrov, à agência de notícias Rossiya Segodnya (5 de novembro de 2024)

Pergunta: Qual é a sua avaliação do resultado da cúpula do BRICS e da conclusão da presidência do BRICS pela Rússia? Quais países são atualmente parceiros do BRICS? O que esse status significa na prática?

💬 Sergey Lavrov: A XVI Cúpula do #BRICS em Kazan foi, sem exagero, um dos eventos internacionais marcantes não apenas deste ano, mas também de todos os tempos recentes. Sua realização bem-sucedida destacou claramente a falta de sentido das tentativas de isolar a Rússia internacionalmente, empreendidas por nossos oponentes de política externa como um dos elementos de pressão sobre nosso país. A convite do Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin, delegações de 35 países da Ásia, África, Oriente Médio, Europa e América Latina, chefes de órgãos executivos das Nações Unidas, do Estado da União, da União Econômica da Eurásia (#UEE), da CEI, da Cooperação de Xangai (#OCX) e o Presidente do Novo Banco de Desenvolvimento vieram a Kazan. <...>

As conversas dos líderes do BRICS e seu segmento de alcance ampliado/BRICS Plus permitiram uma troca de opiniões sobre todas as principais questões internacionais. Em vista do novo agravamento no Oriente Médio, foi dada atenção especial à questão da resolução de conflitos nessa região estrategicamente importante. Também foram consideradas as perspectivas de interação entre os membros do BRICS e o Sul Global no interesse do desenvolvimento compartilhado e da segurança indivisível.

A presidência russa do BRICS continua até o final do ano de 2024. A Cúpula de Kazan foi, sem dúvida, o ponto culminante do nosso termo na presidência do BRICS, pois deu aos líderes a oportunidade de resumir pessoalmente os resultados do trabalho realizado e delinear planos para o futuro. Tanto os resultados quanto os planos estão claramente refletidos no documento conjunto adotado na cúpula — a Declaração de Kazan. <...>

Gostaria de chamar a atenção para as cláusulas da declaração que tratam da adaptação do sistema monetário e financeiro global às realidades atuais, referindo-se ao aumento do papel dos países em desenvolvimento, ao aprimoramento de sua cooperação interbancária, ao aumento da participação das moedas nacionais nas liquidações e à criação de plataformas de pagamento independentes e mecanismos de seguro no BRICS. Todas essas direções levam, em última análise, à formação de um circuito de liquidação e pagamento que não está exposto a riscos externos, e isso, como sentimos na cúpula, está atraindo cada vez mais a atenção de um número crescente de países não ocidentais. <...>

Agora, com relação à categoria de Estados Parceiros. A Cúpula aprovou seus parâmetros. Continuamos a coordenar o trabalho nessa área. Esperamos tornar públicos seus resultados durante nossa presidência antes do final deste ano.

#BRICS2024
🎙 Trechos da entrevista do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação da Rússia, Sergey Lavrov, à agência de notícias Rossiya Segodnya (5 de novembro de 2024)

Pergunta: Que ações os países do BRICS pretendem tomar para diminuir a escalada da situação na zona de conflito palestino-israelense e na região do Oriente Médio como um todo?

💬 Sergey Lavrov: Desde os primeiros dias dessa crise sem precedentes em outubro passado, os países do #BRICS se solidarizaram em defesa dos direitos dos civis na Faixa de Gaza. Em 21 de novembro de 2023, uma Cúpula da Unidade de emergência concordou em pedir um cessar-fogo antecipado e assistência humanitária às vítimas. Essa posição comum foi reafirmada na declaração da cúpula de Kazan, e o presidente palestino Mahmoud Abbas participou de sua parte ampliada.

Quase imediatamente após o início da operação israelense em Gaza, nós, em coordenação com nossos parceiros do BRICS e outras organizações com ideias semelhantes, apresentamos um projeto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU exigindo o fim das hostilidades e o acesso humanitário desimpedido à Faixa de Gaza. No entanto, ela foi bloqueada pelos EUA e seus aliados. Devido à posição politizada de Washington, o Conselho ainda não conseguiu adotar uma decisão que contribuísse para a normalização da situação em longo prazo.

Os americanos tentaram explicar sua posição pouco construtiva argumentando que, se essa resolução fosse adotada, poderia prejudicar seus esforços para levar Israel e o Hamas a um acordo sobre os termos de um cessar-fogo e uma troca de detidos. No entanto, o processo de negociação foi interrompido e a situação em Gaza continua a se deteriorar.

Além disso, o fogo do conflito regional está se alastrando. Suas chamas já engolfaram o território do Líbano, e alguns focos de incêndio estão atingindo a Síria, o Iraque e até mesmo o Irã. Não podemos deixar de mencionar a dramática desestabilização na área das artérias navegáveis do Mar Vermelho e do Golfo de Aden, onde os americanos e os britânicos “montaram” uma coalizão naval multinacional que lançou ações agressivas contra as forças Houthi, que, por sua vez, responderam às ações enérgicas de Israel contra os palestinos nos territórios ocupados.

☝️ O catalisador de todos esses processos foi a crise na Faixa de Gaza. Quanto mais cedo ela for resolvida, mais cedo a situação no Oriente Médio como um todo começará a melhorar. Portanto, continuaremos a trabalhar coletivamente com nossos parceiros para encontrar uma solução justa para o problema palestino em uma base jurídica internacional universalmente reconhecida. Também faremos o máximo uso do potencial do BRICS.

#BRICS2024
🇷🇺 O Presidente da Federação da Rússia, Vladimir Putin, recebeu hoje as cartas credenciais de 28 embaixadores estrangeiros recém-chegados

Trechos do discurso:

💬 Vladimir Putin: A Rússia está aberta à cooperação mutuamente benéfica com todos os países, sem exceção, com base nos princípios de igualdade de direitos, não interferência em assuntos internos e estrita observância do direito internacional.

Defendemos a formação de um sistema justo de relações econômicas globais, livre de concorrência desleal, sanções unilaterais e restrições politicamente motivadas.

A Rússia participa ativamente da vida internacional e busca uma política externa construtiva que leva em conta tanto nossos interesses nacionais quanto as tendências objetivas do desenvolvimento global.

Isso foi confirmado pela Cúpula de grande escala do #BRICS realizada recentemente em Kazan. Foi o ponto culminante da presidência russa da União e um evento notável no calendário político global.

🤝 A Rússia adotou uma abordagem responsável para cumprir suas responsabilidades de presidência do BRICS. Durante o ano, foram realizados mais de 200 eventos nos níveis mais altos, ministeriais e de especialistas, bem como nos círculos empresariais, parlamentares e sociais.

Além disso, recebemos a séria tarefa de garantir uma integração suave e o mais completa possível dos novos membros do BRICS que se juntaram à associação no início deste ano.

E deve-se observar que eles realmente aderiram rápida e organicamente aos esforços comuns, participaram ativamente dos fóruns, apresentaram ideias e iniciativas úteis e promissoras e puderam sentir que a cooperação no BRICS, que é construída com base no respeito mútuo e na consideração obrigatória dos interesses uns dos outros, traz resultados concretos e tangíveis.

🌐 A tradição de realizar uma reunião conjunta especial com amigos e parceiros do BRICS do Sul e do Leste Global no formato “Outreach/BRICS plus” dentro da estrutura das Cúpulas do BRICS também foi mantida. Desta vez, a convite da presidência russa, participaram os líderes da Comunidade de Estados Independentes, bem como os líderes da Ásia, África e América Latina, incluindo aqueles que atualmente dirigem várias estruturas regionais importantes.

No total, delegações de 35 países e 6 organizações internacionais vieram a Kazan. Uma geografia tão ampla atesta o interesse nas atividades do BRICS e no estabelecimento de cooperação com nossa associação por parte dos Estados que buscam políticas verdadeiramente independentes e soberanas. <...>

A visão estratégica dos participantes do BRICS de um futuro mundo multipolar que atenda às aspirações dos países da “Maioria Mundial” está definida na Declaração de Kazan, aprovada no final da cúpula.

☝️ Um resultado significativo da Cúpula de Kazan foi o estabelecimento de uma nova categoria de “Estados Parceiros”. A lista de possíveis países candidatos para os quais a presidência russa enviará convites foi acordada. Após receberem uma resposta positiva, esses países receberão o status de parceiros do BRICS.