🎙 Resposta de Alexander Shchetinin, Diretor do Departamento Latino-Americano do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação da Rússia, a uma pergunta da TASS sobre a situação em torno do Canal do Panamá.

❓ Pergunta: O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que os EUA podem exigir o retorno do controle sobre o Canal do Panamá se os termos atuais de seu uso não forem revisados. A situação em torno do Canal do Panamá é motivo de preocupação para a Federação Russa? O que a situação pode ameaçar a região e o mundo se Donald Trump começar a concretizar suas intenções?

💬 Alexander Schetinin: Partimos do fato de que o regime jurídico internacional do Canal do Panamá está claramente definido e fixado no Tratado sobre Neutralidade Permanente e Operação do Canal do Panamá entre os Estados Unidos da América e a República do Panamá, que foi assinado pelo presidente americano Jimmy Carter e pelo chefe do governo do Panamá, general Omar Torrijos, em 7 de setembro de 1977, e entrou em vigor em 1 de outubro de 1979.

O regime estabelecido pelo Tratado está ainda consagrado no Protocolo ao mesmo, ao qual aderiram cerca de 40 países do mundo.

☝️ A Rússia é parte do Protocolo desde 1988 e reafirma suas obrigações de observar a neutralidade permanente do Canal do Panamá, defendendo a preservação dessa hidrovia de trânsito internacional como segura e aberta.

Confiamos que, no decorrer das discussões esperadas entre a liderança do Panamá e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre questões de controle do Canal do Panamá, que sem dúvida se enquadram no escopo de suas relações bilaterais, as partes respeitarão o regime jurídico internacional existente dessa importante hidrovia.

❗️ A esse respeito, enfatizamos: de acordo com as emendas feitas pelos EUA e pelo Panamá ao Tratado em outubro de 1977, cada um dos dois países deve proteger o Canal de qualquer ameaça ao regime de neutralidade. Faz-se a ressalva de que o referido direito dos Estados Unidos de defender o Canal do Panamá não é e não deve ser interpretado como um direito de interferir nos assuntos internos do Panamá, e que qualquer ação do lado americano nunca será dirigida contra a integridade territorial ou a independência política do Panamá.

🎙 Declaração do Representante Permanente da Federação da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, em um Debate Aberto do CSNU sobre o Combate ao Terrorismo na África (21 de janeiro de 2025)

💬 Vassily Nebenzia: A situação de segurança no continente africano continua terrível. Temos testemunhado um novo aumento na atividade de grupos terroristas e criminosos. Quase todas as regiões da África estão sob ameaça.

⚠️ Ao mesmo tempo, as organizações terroristas internacionais estão radicalizando ativamente a população local e inculcando a ideologia extremista por meio da exploração de conflitos interétnicos e religiosos, problemas sociais e econômicos e a fraqueza das autoridades.

Para financiar suas atividades, os terroristas usam a mineração ilegal, o tráfico de drogas, o tráfico de armas e de pessoas. Para esse fim, os terroristas estabeleceram um vínculo com o crime organizado.

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Na virada do ano passado, o Conselho de Segurança adotou uma resolução para substituir a Missão de Transição da União Africana na Somália por uma nova Missão de Apoio e Estabilização da União Africana (AUSSOM) na Somália, mas o processo de adoção foi agravado por uma luta entre aqueles que não queriam mais financiar as forças de paz africanas na Somália e aqueles que não queriam assumir novos compromissos financeiros, nem mesmo por meio do mecanismo de parceria entre a União Africana e a ONU. Como consequência, a questão do financiamento da AUSSOM no primeiro semestre de 2025 continua sem solução, apesar das afirmações feitas pelos doadores e parceiros tradicionais da Somália de que eles apoiam os africanos e suas aspirações.

❗️ Infelizmente, esse não é de forma alguma o único exemplo de hipocrisia e dois pesos e duas medidas.

Eles são claramente evidentes no Sahel, onde Mali, Níger, Burkina Faso e outros Estados estão combatendo o terrorismo internacional quase sozinhos.

Sob o pretexto de combater o terrorismo, as antigas potências coloniais continuam a impor sua presença militar na região. E essa presença não é mais bem recebida pelos países africanos, entre outros motivos, porque a ineficácia das chamadas operações antiterrorismo dos países ocidentais é mais do que evidente.

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Mali, Níger e Burkina Faso estão atualmente na vanguarda da luta contra grupos terroristas no continente [africano]. Eles merecem todo o apoio da comunidade internacional e das organizações regionais.

❌ Há também outros Estados que, de tempos em tempos, realizam ações deliberadas para subverter a paz e a segurança no continente. O regime de Kiev se destaca entre eles. Assim, o representante oficial da inteligência da Ucrânia, Andrey Yusov, e o embaixador ucraniano no Senegal, Yuri Pivovarov, confirmaram que o “regime de Kiev” ajudou no ataque às forças armadas do Mali na fronteira com a Argélia, perto de Tinzahuaten, em julho de 2024.

Gostaria de enfatizar que esse ataque foi realizado por um grupo afiliado à Al-Qaeda. A resposta dos países do Sahel foi rápida: eles condenaram de forma decisiva o apoio da Ucrânia ao terrorismo internacional no continente e romperam relações diplomáticas com o país.

De acordo com o jornal francês Le Monde, os insurgentes que atuam em Mali foram treinados para operar drones e manusear explosivos pelos serviços especiais ucranianos, tanto no território ucraniano quanto no território de Mali, em áreas controladas por terroristas.

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Ao estabelecer relações com os países da região, a Rússia é guiada pelo respeito mútuo. Estamos em estreita sintonia com as características e necessidades específicas de cada Estado. Gostaríamos de reafirmar nossa disposição de desenvolver a cooperação com os africanos nos formatos e nas condições que os africanos considerarem ideais. <...>

🤝 Nós nos esforçamos para expandir ainda mais a cooperação da Rússia com os Estados africanos, inclusive no âmbito da implementação da Declaração sobre o Fortalecimento da Cooperação Antiterrorista adotada na Segunda Cúpula Rússia-África.

🎙 Respostas do Presidente da Rússia Vladimir Putin às perguntas do jornalista Pavel Zarubin

❓ Pergunta: Sr. Presidente, o recém-empossado presidente Trump fez várias declarações sobre uma possível reunião com o senhor e sobre as perspectivas de um acordo na Ucrânia. Eu gostaria de saber o que o senhor pensa sobre isso

💬 Presidente Putin: De fato, o presidente dos EUA fez muitas declarações nesse sentido.

Meu primeiro ponto é que a Rússia nunca recusou contatos com o governo dos EUA, e não é nossa culpa que o governo anterior tenha optado por não estabelecer tais contatos. Sempre mantive relações comerciais, estritamente comerciais, mas ao mesmo tempo pragmáticas e baseadas na confiança, eu diria, com o atual presidente dos Estados Unidos.

<...>

❗️ Tudo o que posso dizer é que ouvimos o atual presidente dizer que está pronto para trabalhar em conjunto. Continuamos abertos a isso.

Com relação às conversações sobre a Ucrânia, sempre deixamos claro, e gostaria de enfatizar mais uma vez, que continuamos abertos a elas. Aqui, também, certos assuntos precisam de nossa atenção especial.

Por exemplo, é bem sabido que, quando era um chefe de Estado bastante legítimo, o atual líder do regime de Kiev emitiu uma ordem executiva proibindo conversações. Como as negociações podem ser retomadas agora que foram proibidas?

☝️ Esta reunião está ocorrendo no prédio da Universidade de Moscou. Como você deve saber, sou um advogado formado. Formei-me no departamento de direito da Universidade de São Petersburgo, antiga Universidade de Leningrado. Posso lhe dizer que, se as negociações começarem com base na estrutura jurídica existente, elas serão, a rigor, ilegítimas, o que significa que os resultados dessas negociações também poderão ser declarados ilegítimos.

O atual regime de Kiev parece estar bastante satisfeito em receber centenas de bilhões de seus benfeitores e - desculpe-me por usar essa expressão caseira - comer esse dinheiro como se não houvesse amanhã. No entanto, ele demonstra pouca pressa em agir de acordo com as instruções emitidas por seus patrocinadores - e sabemos que eles de fato emitiram tais instruções - para rescindir a ordem executiva que proíbe as negociações.

No entanto, sou da opinião de que, em última instância, aqueles que fornecem o financiamento devem obrigá-lo a agir, e acredito que ele não terá outra escolha a não ser obedecer. Até que essa ordem executiva seja revogada, é bastante difícil falar sobre o início e, mais importante, a conclusão dessas negociações de maneira adequada. Os planos preliminares podem, de fato, ser delineados, mas o engajamento em conversas sérias continua sendo uma proposta particularmente difícil, especialmente considerando a proibição imposta pelo lado ucraniano.

🤝 De modo geral, podemos ter alguns pontos em comum com a atual administração dos EUA e poderíamos buscar soluções conjuntas para as principais questões atuais, incluindo a estabilidade estratégica e a economia, a propósito.

<...>

Portanto, de fato, faz sentido nos reunirmos com base nas realidades atuais, sentarmos e discutirmos sem pressa as áreas que são de interesse dos Estados Unidos e da Rússia. Estamos prontos para fazer isso. Mas, novamente, isso depende, em primeiro lugar, das decisões e escolhas do atual governo dos EUA.

📄 Leia na íntegra

🎨 A Competição Internacional para Artistas Jovens "Kartina Mira" começará no março do ano corrente na galeria Tretyakovskaya (Moscou, Rússia).

🌐 A Competição "Kartina Mira" é uma oportunidade única para que jovens talentos se expressem e contribuam para o diálogo cultural. O projeto reunirá artistas de diferentes países e ajudará a conceituar e transmitir os valores de seus povos por meio da arte:

🔻 intercâmbio cultural
🔻 fortalecimento das tradições educação acadêmica
🔻 auto-realização e participação em projetos de grande escala

A competição foi projetado para se tornar uma ponte entre a tradição e a modernidade, o passado e o futuro, criando um espaço para o intercâmbio e a interação cultural. Jovens artistas apresentarão seus trabalhos sobre temas sociais, culturais e filosóficos significativos.

🏆 O prêmio é ter a chance de ter seu trabalho exposto na galeria Tretyakovskaya.

ℹ️ Informações sobre competição:

A competição será realizada em três categorias: Pintura, Arte gráfica, Arte digital.

A competição será realizado só em russo e inglês.
Ler as regulações da competição em inglês

O tema da competição: Os valores de minha nação como parte da cultura humana global.

❗️ Admissão de participantes termina no dia 1 de março, 2025.

#Vitória80

🌟 A 2 de fevereiro de 1943, terminou uma das batalhas mais brutais da Segunda Guerra Mundial e de toda a história - a Batalha de Stalingrado.

Durante 2️⃣0️⃣0️⃣ dias e noites, a Batalha de Stalingrado decorreu nas margens dos rios Don e Volga, e na própria cidade, ou melhor, no que restou dela, após impiedosos bombardeamentos nazis e a luta obstinada dos defensores por cada rua, beco e casa. A batalha em si ultrapassou em âmbito e intensidade todas as batalhas anteriores da Segunda Guerra Mundial. Durante essa batalha, mais de 2,1 milhões de pessoas lutaram em ambos os lados.

No final de junho de 1942, os nazis concentravam na faixa de terra que vai de Kursk a Taganrog, numa frente de 600-650 quilómetros, até 35% da infantaria, mais de 50% dos blindados e divisões motorizadas do número total de tropas da Wehrmacht destacadas na frente soviético-alemã.

Tradicionalmente, de acordo com os historiadores, a batalha foi dividida em duas fases:

• Fase defensiva: de 17 de julho a 18 de novembro de 1942;
• Fase ofensiva: de 19 de novembro de 1942 a 2 de fevereiro de 1943.

Durante a primeira fase, de 17 de julho a 18 de novembro de 1942, o Exército Vermelho teve de conduzir operações defensivas e enfrentou o inimigo em ferozes batalhas de rua diretamente na cidade. As forças dos 62º e 64º exércitos soviéticos, lideradas por Vassily Chuikov, comandante do 62º Exército, enfrentaram as tropas do 6º Exército da Wehrmacht, sob o comando do Tenente-General Paulus.

Em meados de novembro de 1942, em resultado de uma resistência obstinada e da mobilização das reservas do Exército Vermelho, foram criadas condições favoráveis para o lançamento da contraofensiva. O plano para a operação com o nome de código #Urano foi desenvolvido sob a direção do General do Exército Georgy Zhukov e do Coronel General Alexander Vasilevsky.

Durante a contraofensiva em grande escala em Stalingrado (19 de novembro de 1942 - 2 de fevereiro de 1943), as forças soviéticas conduziram a operação #Anel, durante a qual o Exército Vermelho conseguiu conduzir o 6º Exército de Paulus para um “caldeirão” entre os rios Don e Volga. Apercebendo-se da inutilidade de novas acções, no final de janeiro as unidades nazis começaram a render-se em massa.

Em 31 de janeiro, o general Paulus (promovido por Hitler a general-marechal de campo), juntamente com outros generais e oficiais alemães em Stalingrado, rendeu-se finalmente. A 2 de fevereiro, as últimas bolsas de resistência nazi foram eliminadas.

A #BatalhaDeStalingrado terminou com uma vitória completa do Exército Vermelho. Pela primeira vez, a máquina de guerra nazi, que consumia tudo, foi pesada, medida e considerada insuficiente. Este facto marcou um ponto de viragem não só na Grande Guerra Patriótica, mas também em toda a Segunda Guerra Mundial.

Em Stalingrado, a Wehrmacht e as suas forças auxiliares do Eixo perderam 1/4 de todas as tropas destacadas pelo Reich na frente oriental. As perdas totais do inimigo ascendem a cerca de 1,5 milhões de soldados e oficiais.

A partir desse momento, a iniciativa estratégica estava do lado do Exército Vermelho. A vitória em Stalingrado criou condições favoráveis para uma nova contraofensiva em grande escala das forças soviéticas para expulsar o inimigo do território da URSS ocupado pelos nazis.

🌐 A derrota do grosso das tropas inimigas não só chocou o mundo e elevou significativamente o prestígio internacional da União Soviética e das suas Forças Armadas, como também contribuiu para o reforço e estreitamento da coligação anti-Hitler.

🎖 A vitória na Batalha de Stalingrado foi, em grande parte, alcançada graças a uma estratégia e tática superiores, mas também devido ao heroísmo em massa dos soldados e oficiais soviéticos e ao trabalho árduo de todos os que se encontravam na frente interna. 112 participantes na batalha foram galardoados com o título de Herói da União Soviética.

#Recordamos

🎙 Trechos do briefing do Embaixador-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Rodion Miroshnik, sobre os crimes cometidos pelo regime de Kiev (28 de janeiro de 2025)

💬 Rodion Miroshnik: Para o regime de Kiev, o assassinato de crianças e civis, mulheres e idosos é considerado um meio de pressão perfeitamente aceitável e amplamente utilizado contra a Rússia.

O regime de Kiev emite ordens para anular ou, em termos humanos, para matar civis, tanto idosos quanto jovens. Essas ordens são enviadas para as formações armadas que as cumprem, acompanhando os assassinatos com violência sexual e humilhação.

❗️ Quando capturados, os neonazistas ucranianos admitem que estavam agindo sob as ordens do comando ucraniano quando atiraram e abusaram de civis indefesos.

Isso não os isenta da responsabilidade por seus crimes de guerra, mas enfatiza o desrespeito sistêmico às normas e aos princípios do direito humanitário internacional.

A propaganda estatal ucraniana tende a apresentar esses crimes hediondos ao público ucraniano radical como algum tipo de vitória ou conquista, sem um pingo de remorso. <...>

Em apenas 12 meses de 2024, as formações armadas ucranianas dispararam pelo menos 87.885 munições contra objetos civis russos, o que equivale a uma média de 240 ataques diários, utilizando todo o arsenal disponível de armas fornecidas pelo Ocidente, desde mísseis de longo alcance até armas de pequeno porte, às custas dos contribuintes desses estados.

A lista de crimes cometidos pelos militantes do regime de Kiev e pela liderança política é enorme. <...> Enquanto esses fatos não receberem atenção internacional, não se tornarem objeto de uma investigação genuinamente independente por órgãos internacionais, o financiamento imprudente desses crimes pelo Ocidente continuará.

A verdade sobre os #CrimesDoRegimeDeKiev está sendo deliberadamente suprimida, e os dados de relatórios pseudo-independentes, escritos sob coação, distorcem a verdadeira situação. <...>

☝️ Estamos coletando meticulosamente dados sobre o envolvimento de patrocinadores ocidentais em violações flagrantes das normas do direito internacional humanitário.

Assista na íntegra